sábado, 21 de janeiro de 2012

Tendinite Patelar: o pesadelo de muitos corredores

Sabemos que essa patologia atinge muitos corredores, mas muitos não têm conhecimento de sua causa e como ela pode ser tratada. Nesse artigo, daremos uma breve explicação afim de solucionar esse problema que atrapalha tanto nos treinamentos diários.

A tendinite patelar é uma síndrome por “overuse”, muitas vezes além do limite de elasticidade e resistência do tendão. Essa inflamação é devida a microtraumas repetidos, que podem ocorrer devido a desequilíbrios musculares ou fadiga, alterações nos exercícios, erros de treinamento ou uma combinação de vários desses fatores.

Existem quatro graus de inflamação do tendão patelar:

  • Grau I: dor supra ou infrapatelar após a atividade, sem limitação para o exercício;

  • Grau II: dor no início e após a atividade física;

  • Grau III: dor durante a atividade física e limitação da função;

  • Grau IV: ruptura tendínea

    Outras causas podem ser associadas a alterações de postura da coluna vertebral e dos membros inferiores (hiperlordose, joelhos valgos ou varos e alterações da patela).

    A dor se localiza na inserção do quadríceps (acima da patela), no corpo do tendão ou na tuberosidade da tíbia (abaixo do joelho). Geralmente ela começa suave e melhora durante a atividade. Também encontramos encurtamento de posterior de coxa e panturrilha, diminuição da musculatura da coxa, “estalos” no joelho e inchaço no tendão.

    Uma vez identificada a tendinite patelar, é hora de partir para o tratamento. Os recursos fisioterapeuticos, que melhor atendem a essa patologia são a crioterapia (gelo), indicada para qualquer inflamação aguda e o uso da eletroterapia como Laser e Ultra-som, que auxiliam na cicatrização e na diminuição da inflamação do tendão.

    Avaliação - Uma avaliação precisa para identificar a real causa da lesão é essencial. A partir disso, pode ser traçado um plano de tratamento com exercícios de alongamento do mecanismo extensor do joelho, fortalecimento e reequilíbrio muscular da área comprometida (inicialmente exercícios isométricos) e o trabalho de propriocepção. Este deve ser feito apenas quando não há mais dor e a musculatura já estiver reequilibrada.

    O mais importante é citar que a prevenção é a principal arma contra essa patologia. Isso é feito com treinamentos em superfícies de menor impacto, exercícios de coordenação e alongamentos para melhorar a flexibilidade muscular. 
  • Conheça as principais lesões da corrida.

    Existem algumas lesões que são típicas de atleta. Quem não teve nada até hoje, certamente terá chances de ter uma patologia no futuro. O pentagrama ao lado, mostra cada uma delas. Vou explicar uma a uma:

    Fraturas por estresse: as mais comuns em atletas de corrida são na tíbia, calcâneo e no terceiro metatarso. As fraturas por estresse antigamente eram exclusivas dos atletas profissionais, mas hoje a realidade é outra. Elas acometem atletas amadores, de fim de semana e até atletas de academia. As fraturas por estresse são micro-fraturas nos ossos ocasionadas pela quantidade de impacto, que solicitam assim mais dos ossos causando a substituição da deformação elástica pela deformação plástica.

    Síndrome da dor patelo femoral: ou também conhecida como dor anterior no joelho. Esta é mais comum em mulheres. Isso porque elas têm o quadril mais largo que os homens. Isso faz com que o ângulo do fêmur (osso da coxa) seja maior, aumentando a possibilidade de ter esta patologia.

    Síndrome do trato ílio-tibial: é uma lesão por estresse ou sobrecarga causada pela fricção excessiva do trato ilitibial com o epicôndilo lateral do fêmur.

    Tendinopatias: Na década de 90, eram conhecidas como, tendinites, paratendinites ou tendinoses. Hoje usamos o termo tendinopatias para definir melhor o que acontece no tendão inflamado, sendo os mais comuns: tendão patelar, tendão quadriciptal, tendinite da pata de ganso, tendinite do tracto ílio tibial (ou banda ílio tibial).

    Fascíite plantar: é a inflamação na estrutura de sustentação da sola dos pés. O sintoma principal é dor ao redor da base do calcâneo e no arco. Normalmente a pessoa sente essa dor pela manhã ao sair da cama.

    Entorses: pode ser uma sobrecarga grave, estiramento ou laceração de tecidos moles como cápsula articular, ligamentos, tendões ou músculos. Existem três graus para essa patologia.

  • Grau I – nesse estágio o ligamento é preservado, e o atleta sente leve dor ligamentar com edema local.

  • Grau II – já há frouxidão ligamentar, dor intensa, edema difuso e mais o hematoma.

  • Grau III – ruptura ligamentar parcial ou total, provável fratura por avulsão, dor intensa, instabilidade, edema difuso e hematoma.

    O que fazer para prevenir lesões -

  • Primeiro o atleta deve usar um bom tênis de acordo com o tipo de pisada. Além disso, deve escolher um profissional de educação física capacitado para orientar e passar os treinos por planilha (o treinamento deve ser específico para cada corredor, não existe treinos iguais para duas pessoas diferentes ).

    O professor de educação física também deve estar apto para ajudar no trabalho de musculação e alongamentos, pois sabemos que o alongamento promove o aumento da flexibilidade do músculo e do tendão, melhora a viscosidade do tendão deixando-o mais forte e estruturado (absorvendo mais o impacto da corrida).

  • Aumentar gradualmente a carga de treino, tanto em distância quanto em tempo.

  • Correr em solos diferentes (grama, asfalto, terra).

  • Dar descanso adequado ao tênis. Para isso o corredor deve utilizar dois pares de tênis e dar um descanso de 24 horas entre eles para voltar as propriedades de absorção de impacto do calçado.

  • Nunca competir com um tênis que você acabou de comprar. O corredor deve se adaptar a ele em seus treinos primeiro.

  • O tênis limpo não significa que ele é novo, pois o desgaste se dá na entressola e não é possível observar isso.

  • Tenha também sempre o acompanhamento de profissionais da área da saúde: médicos do esporte, fisioterapeuta, nutricionista e seu professor de educação física. Qualquer dor, cansaço e mau rendimento, devem ser comunicados ao professor, ele estará apto a ajudar. Bons treinos! 
  • Alimentação e hidratação para a performance do esportista.

    Você treina por 5 meses para o grande dia. Fez 23 longões, desgastou a pista de atletismo da sua localidade, gastou uma boa grana com massagem e novos tênis de corrida. Você está na melhor forma possível. É dada a largada e sente-se ótimo. Está a caminho de bater seu recorde pessoal na altura do quilômetro 30 da maratona. Então, alguma coisa começa a dar errado. Você sente-se progressivamente mais lerdo. Pela altura do quilômetro 35, diminuiu o ritmo para um trote lento e fica achando que deve treinar mais forte para a próxima vez...
    Não! O mais provável é que o que lhe fez diminuir o ritmo nos últimos quilômetros da maratona (ou qualquer outro evento que dure mais de uma hora e meia) foi a desidratação ou o depleção de glicogênio. Alguns quilômetros extra de treinamento não ajudarão muito, porém um plano bem elaborado para hidratação e carboidratos para antes e durante a corrida podem fazer uma grande diferença na performance. 

    Parece ótimo. Então, qual é o plano?

    Antes da competição você deve se concentrar em: 1) carregar seu corpo com carboidratos para elevar os estoques de glicogênio nos músculos no começo da corrida; e 2) beber água suficiente para assegurar-se de estar bem hidratado. Durante a corrida você precisa: 1) ingerir carboidratos para prevenir a depleção de glicogênio; e 2) tomar líquidos para prevenir a desidratação.

    Vamos começar com os carboidratos.
    Sua reserva de glicogênio
    Há apenas dois combustíveis para exercício físico de longa duração: carboidrato e gordura. Os carboidratos são armazenados no corpo como glicogênio. Gordura também é armazenada, como você bem sabe. Quando você corre, seu corpo queima uma mistura de carboidrato e gordura. Quanto mais forte correr, mais carboidratos usará, quanto mais devagar, mais gordura será utilizada na mistura.
    À medida que suas reservas de glicogênio ficam progressivamente menores durante a corrida, seu corpo tenta conservar o que ainda resta queimando mais gordura. Já que gordura é 15% menos eficiente que carboidrato como fonte de energia, quando você tem que usá-la acaba diminuindo o ritmo.

    Se você comer uma dieta normal com em torno de 60% das calorias vindas de carboidratos, provavelmente armazenará por volta de 1600 a 2000 calorias de glicogênio nos músculos. Porém, se fizer "carregamento de glicogênio", seus músculos serão capazes de armazenar em torno de 2500 a 2700 calorias de glicogênio. Cada quilômetro que corre queima mais ou menos de 55 a 75 calorias, dependendo do seu peso e metabolismo. Se você fizer um ótimo trabalho de carregamento de carboidratos, terá somente o suficiente de glicogênio para a maratona.

    O que acontece se você não fizer o carregamento de carboidratos? Digamos que você deseje correr uma meia-maratona em 1h40m. Nos últimos três dias antes da corrida você diminui um pouco o treinamento e continua se alimentando normalmente. Suas reservas de glicogênio estarão somente parcialmente cheias. Você pode começar a ficar com pouca reserva de glicogênio a qualquer momento depois de 1 hora de corrida, e cruzar a linha de chegada trotando tentando imaginar o que aconteceu de errado. 
    O carregamento de glicogênio também é importante antes de treinos que durem mais de 1h30m. A última coisa que você quer, tanto fisicamente quanto emocionalmente, é se arrastar para casa nas corridas longas. Se você der prioridade aos carboidratos por 1-2 dias antes dos longões (e ficar hidratado) aumentará suas chances de bom treinamento e experiência emocionalmente positiva. 
    O carregamento de carboidratos antes de um evento é precaução suficiente contra o esvaziamento de carboidratos em corridas com até 2 horas de duração, porém na maratona ainda há o risco. Uma vez que você pode armazenar somente em torno de 2500 a 2700 calorias de glicogênio, não terá muita sobra para correr 42 km. Digamos que, por alguma razão, você faz apenas um trabalho razoável de carregamento e armazena 2200 calorias de glicogênio. Ou digamos que você fez um ótimo carregamento de carboidratos, mas devido ao seu metabolismo queime 75 calorias por quilômetro. Nestes casos você poderá ficar com as reservas de glicogênio severamente baixas durante a maratona apesar do carregamento. A solução é ingerir calorias extra durante a corrida.
    Carregamento de glicogênio

    O carregamento de glicogênio (ou carregamento de carboidratos) tem sido popular desde o final dos anos 60, quando Dr. Per-Olof Astrand mostrou que atletas podem dobrar suas reservas de glicogênio nos músculos ao fazer uma corrida longa 7 dias antes da competição, então passar por uma dieta com pouco carboidrato por 3 dias, seguida por dieta rica em carboidratos (70-80% de calorias de carboidratos) pelos 3 dias precedentes à prova. A corrida longa esvazia sua reserva de glicogênio e os 3 dias de dieta com pouco carboidrato a mantém baixa. Isso engatilha um mecanismo no organismo para estocar o máximo de carboidratos possível. O lado ruim dessa estratégia é que no terceiro dia da dieta de pouco carboidrato você provavelmente estará fraco e irritável, e as pessoas com que convive o evitarão como uma praga.

    Felizmente, pesquisas mais recentes do fisiologista do exercício William Sherman e outros, têm mostrado que as reservas de glicogênio podem ser elevadas na mesma taxa sem as fases da corrida longa e dieta de pouco carboidrato. Aqui está como. Coma uma dieta normal até 3 dias antes da competição e diminua seu treinamento para em trono de metade do seu volume usual. Então, tenha uma dieta rica em carboidratos pelos últimos 3 dias fazendo apenas trotes nesses dias. Seu corpo armazenará glicogênio em um nível similar ao da estratégia do Dr. Astrand

    Você deve esperar ganhar algum peso no carregamento de glicogênio porque seu corpo armazena 2,6 gramas de água para cada grama de glicogênio. Não fique alarmado por causa do peso adicional. Ele é inevitável e a água armazenada na verdade ajudará a prevenir desidratação durante a corrida.

    Ingerindo carboidratos durante a corrida
    Se você consumir carboidratos durante a corrida, suprirá combustível adicional aos seus músculos e retardará ou prevenirá o esvaziamento de glicogênio. A maneira mais fácil de consumir carboidratos durante a corrida é através de bebidas esportivas, e ainda terá o benefício extra de ingerir fluidos ao mesmo tempo. Pesquisas têm mostrado que bebidas com alta concentração de açúcar podem levar mais tempo para saírem do estômago. Como cada corredor é um ser único, você deve fazer experiências durante os treinamentos para descobrir qual bebida e o quanto é melhor para você.
    A dica é encontrar o equilíbrio correto entre uma bebida com carboidratos que seja forte o suficiente para fornecer as calorias necessárias, mas não a ponto de ser absorvida lentamente do estômago. Para a maioria das pessoas, bebidas de 4-8% são as mais indicadas. Beber 800 gramas de uma solução de 4% por hora supre 32 gramas de carboidratos, enquanto uma solução de 8% dá 64 gramas de carboidratos por hora.

    Cada grama de carboidrato contém 4,1 calorias, então você estará ingerindo 130-260 calorias por hora. Desta forma, se correr a maratona em 3 horas, você tomará aproximadamente de 400-800 calorias durante a corrida. Com 60 calorias por quilômetro há combustível de carboidrato suficiente para 6-12 km extra!

    Ron Johnston, maratonistas e fisiologista do exercício, sabe por experiência própria a necessidade de ingerir carboidratos durante a corrida. Ron estava indo muito bem na corrida de 50 milhas Maine Track em 1997. Ron lembra-se do dia: "estava ótimo na milha 34, sentindo-me o melhor possível e correndo entre 4:10-4:20 min/km. Subitamente senti-me desorientado e sem perceber havia diminuindo o ritmo para 5:10 min/km."
    Johnston continua, "meu ritmo alterou-se em poucos minutos, e estava claro que o culpado foi o esvaziamento das reservas de glicogênio. O problema é que não há nenhum sinal de alerta até que seja tarde demais. Quando você tem que diminuir o ritmo rapidamente a causa é provavelmente o esvaziamento de glicogênio e não a desidratação. Fui para casa e calculei que estava ingerindo somente 50-100 calorias a cada volta de 4 milhas. Isso nunca acontecerá de novo."

    Ok, o macarrão está no prato, agora vamos falar sobre a desidratação.
    A desidratação

    O que há de tão ruim na desidratação? Não podemos somente superá-la com força de vontade?
    Vários eventos sinistros ocorrem dentro do seu corpo que limitam a performance quando você corre em um dia quente. Umidade alta faz as coisas ficarem piores ainda. Primeiro, em esforço para resfriar, seu corpo automaticamente envia mais sangue para a pele para que ele esfrie através da evaporação. Isso deixa menos sangue para seus músculos das pernas. O resultado é que seus músculos obtêm menos oxigênio e diminuem o ritmo. (É claro que se o seu corpo não mandasse mais sangue para a pele para resfriamento você poderia superaquecer ou até morrer, mas não teria que diminuir o ritmo!)

    Segundo, em dias quentes você transpira mais e fica mais desidratado. Isso não o surpreende, não é mesmo? Fisiologicamente, o que acontece quando você fica desidratado é que seu volume sanguíneo diminui. Isso significa que seu corpo tem que decidir o que fazer com o sangue restante. Então, seu corpo diz: "vamos ver, é melhor enviar sangue para o cérebro, não quero que esse corredor maluco morra. É melhor enviar sangue também para o coração e ainda algum para a pele para livrar-se de todo esse calor corporal provocado pela corrida. Hummm, não sobrou muito para os músculos das pernas." É por isso que seu ritmo de corrida diminui.

    Se você acha que o campeão na maratona olímpica de Atenas baterá o recorde mundial, pense de novo. De fato, estudos têm mostrado que você diminui o ritmo em torno de 2% para cada 1% de perda de peso corporal devido à desidratação. Então, um corredor de 75 kg deverá diminuir o ritmo em 4% depois de perder 1,5 kg.

    Não é incomum perder de 1,3 a 1,8 kg de água por hora correndo em um dia quente. Depois de 2 horas de corrida nosso atleta de 75 kg poderá ter perdido 3 kg, o que representa 4% do peso corporal e 8% de perda na performance. A 5:00 min/km, diminuir 8% representa 48 segundos por quilômetro. Porém, se você perder mais de 4-5% de seu peso corporal poderá não somente diminuir o ritmo, mas ter que ser atendido na tenda de primeiros socorros.
    Como prevenir a desidratação?

    Para prevenir a desidratação você precisa beber mais por 1-2 dias antes da corrida. O mecanismo de sede do organismo não é perfeito, então se você bebe somente quando tem sede provavelmente não ficará plenamente hidratado. Leva tempo até que os tecidos do corpo absorvam água ou outros fluidos. Consumir bebidas com a quantidade adequada de sódio acelerará a absorção. É melhor você beber um pouco freqüentemente do que beber muito de uma só vez.


    O que você deve beber? Água não é muito atraente, porém com um pouco de sódio adicionado faz o trabalho corretamente. Você deve evitar bebidas com cafeína, como café, chá e refrigerante tipo cola, já que ela é diurética. De forma similar, o ritual da cerveja na noite antes da corrida pode acalmar seus nervos, mais é contraproducente para a hidratação. Se você tiver que tomar uma cerveja, beba um copo extra de água para equilibrar o efeito desidratante do álcool.
    Você pode beber até o começo da corrida. Com o excitamento nervoso do dia da corrida você provavelmente urinará mais do que o comum, mas reterá algum fluido e dever certificar-se de estar plenamente hidratado para começar a prova.

    O quanto você deve beber durante a corrida?
    Isso depende parcialmente do calor e umidade no dia da corrida. A quantidade máxima que deve beber é aquela que pode ser esvaziada de seu estômago.
    Pesquisas têm descoberto que a maioria dos corredores tem estômago que pode esvaziar somente em torno de 170 a 220 gramas de fluidos a cada 15 minutos durante a corrida. Se você beber mais que isso, o fluido extra irá somente ficará pulando no seu estômago e não dará qualquer benefício extra. Porém, seu estômago pode ser capaz de lidar com menos ou mais que a média, então mais uma vez experimente durante o treinamento.
    Você pode ingerir fluidos suficientes para prevenir a desidratação em um dia quente?

    Vamos examinar o transpiração versus ingestão. Em um dia quente você pode perder 1,8-2,3 kg de água por hora. Já estimamos que seu estômago pode absorver em torno de 800 gramas por hora. Isso dá um déficit de 1-1,5 kg por hora. Você não consegue beber quantidade suficiente e, infelizmente, quanto mais tempo ficar correndo maior será o déficit de fluidos.

    A melhor estratégia em dias quentes é encarar os fatos fisiológicos. Diminua seu ritmo desde o começo ao invés de esperar até que as forças do seu corpo o obriguem a fazê-lo. Beba no primeiro posto de hidratação mesmo que não esteja com sede. Tente beber um copo completo a cada posto de hidratação.

    Leslie Behan, uma maratonista de 3:28, aprendeu sobre desidratação da pior maneira quando ela correu uma série de maratonas em clima quente alguns anos atrás. A primeira, Boston, foi quente e ela quebrou, então na Maratona Cape Cod também estava calor e ela quebrou novamente. Quando foi correr a Sugarloaf Marathon, mais uma vez em clima quente, ela mudou a estratégia: "decidi andar nos postos de hidratação e beber o máximo que podia. Nos últimos quilômetros me senti ótima e ultrapassando outras pessoas. Agora sei o quanto meu organismo precisa de água.".

    Agora que você sabe a teoria, é hora de partir para a prática. Experimente algumas bebidas esportivas durante o treinamento para descobrir qual funciona melhor para você. Desenvolva seu próprio plano para ingerir água e carboidratos.

    Hidratação antes, durante e depois da corrida

    Nosso corpo é constituído 60% de água e precisamos dela para viver. Uma hidratação apropriada permite que seu organismo funcione direito. Seu coração bombeia melhor o sangue, seu corpo se mantém mais fresco e seus músculos recebem a energia de que precisam para correr. É importante lembrar que se você sentir sede já será tarde demais. A seguir algumas recomendações do American College of Sports Medicine e National Athletic Trainers' Association.
    Hidrate-se antes de correr O American College os Sports Medicine recomenda beber pelo menos dois copos de 230 ml (8 onças) d'água no espaço de duas horas antes de correr. Já a National Athletic Trainers' Association sugere beber de 500 ml a 575 ml (17-18 onças) de água ou isotônico duas ou três horas antes da corrida e mais 200 ml a 290 ml (7-10 onças) vinte a dez minutos antes de correr.
    Beba durante a corrida Beba de 150 a 350 ml de água a cada 15 ou 20 minutos.
    Você precisará de algo mais em corridas longas Se vai correr por mais de uma hora e meia, ingira de 30 a 60 gramas de carboidratos por hora (uma garrafa de 500 ml de Marathon ou Gatorade). Atividades com duração acima de uma hora e meia fazem o seu corpo necessitar de algo mais. Isotônicos (Gatorade, Marathon e outros) fornecem não só energia, mas também vitaminas e minerais. São de vital importância por terem sódio em sua fórmula. Outras opções para treinos acima de uma hora são os gels (como o Squeeze) e barras (Powerbar, Nutry, etc.). A grande vantagem dos gels é a facilidade de carregá-los durante os treinos. Tipicamente eles têm entre 70-100 calorias, vitaminas e minerais. Procure por aqueles que tenham sódio e potássio na fórmula. Alguns contém "aditivos" para fornecer mais energia (como cafeína) que podem causar problemas aos corredores em treinos longos (ou competições). Tanto os gels como as barras devem ser ingeridos juntamente com água.
    Hidrate-se após a corrida A American College os Sports Medicine recomenda beber imediatamente após terminar a corrida, e então ingerir mais 2 ou 3 copos de água ou isotônico enquanto estiver se recuperando do treino. A National Athletic Trainers' Association recomenda a seguinte estratégia. Pese antes e depois do exercício e então beba 500 ml (16 onças) de água ou isotônico para cada 500 gramas (1 libra) perdidos. Dê preferência a isotônicos por conterem sódio e potássio na fórmula.
    Como saber se estou bem hidratado? Quando bem hidratado, você tenderá a urinar várias vezes durante o dia e sua urina terá uma coloração amarela claro (exceto se estiver usando suplementos vitamínicos, neste caso a urina poderá ficar num tom amarelo forte). Sede, fadiga e dor de cabeça leve são outros sinais de desidratação. Uma desidratação forte mostra sinais mais claros como: náusea, calafrios, batimento cardíaco acelerado, inabilidade de suar, e testa avermelhada.

    domingo, 8 de janeiro de 2012

    Calendarios de Provas de 2012.


    15/01/2012

    Prova Aniversário de Santo Amaro

    Distância: 5 e 10 kmCidade: São Paulo      Estado: SP
    25/01/2012

    XV Troféu Cidade de São Paulo Carrefour 10 km

    Distância: 6,1 e 10 kmCidade: São Paulo      Estado: SP
    12/02/2012

    Circuito do Sol - São Paulo

    Distância: 5 e 10 kmCidade: São Paulo      Estado: SP
    ,04/03/2012

    Meia-maratona Internacional de São Paulo

    Distância: 5 e 21 kmCidade: São Paulo      Estado: SP
    11/03/2012

    Circuito das Estações adidas - Outono - São Paulo

    Distância: 10 kmCidade: São Paulo      Estado: SP
    18/03/2012

    10 Milhas - São Paulo

    Distância: 16 kmCidade: São Paulo      Estado: SP
    01/04/2012

    Série Delta - 1ª Etapa - São José dos Campos

    Distância: 5 e 10 kmCidade: São José dos Campos      Estado: SP
    15/04/2012

    Série Delta - 1ª Etapa - Campinas

    Distância: 5 e 10 kmCidade: Campinas      Estado: SP
    22/04/2012

    Mizuno 10 Miles - São Paulo

    Distância: 2,5, 5 e 10 milhasCidade: São Paulo      Estado: SP
    12/05/2012

    FIla Night Run - São Paulo

    Distância: 5 e 10 kmCidade: São Paulo      Estado: SP
    13/05/2012

    Série Delta - 1ª Etapa - Ribeirão Preto

    Distância: 5 e 10 kmCidade: Ribeirão Preto      Estado: SP
    13/05/2012

    Circuito Athenas - Etapa 1 - São Paulo

    Distância: 5 e 10 kmCidade: São Paulo      Estado: SP
    20/05/2012

    Série Delta - 1ª Etapa - São Paulo

    Distância: 5 e 10 kmCidade: São Paulo      Estado: SP
    01/07/2012

    Circuito das Estações adidas - Inverno - São Paulo

    Distância: 10 kmCidade: São Paulo      Estado: SP
    22/07/2012

    Circuito Athenas - Etapa 2 - São Paulo

    Distância: 8 e 16 kmCidade: São Paulo      Estado: SP
    22/07/2012

    Série Delta - 2ª Etapa - Ribeirão Preto

    Distância: 5 e 10 kmCidade: Ribeirão Preto      Estado: SP
    29/07/2012

    Série Delta - 2ª Etapa - Campinas

    Distância: 5 e 10 kmCidade: São Paulo      Estado: SP
    05/08/2012

    Série Delta - 2ª Etapa - São José dos Campos

    Distância: 5 e 10 kmCidade: São Paulo      Estado: SP
    12/08/2012

    Série Delta - 2ª Etapa - São Paulo

    Distância: 5 e 10 kmCidade: São Paulo      Estado: SP
    26/08/2012

    Braskem Eco Run - São Paulo

    Distância: 5 e 10 kmCidade: São Paulo      Estado: SP
    02/09/2012

    Circuito Lótus - São Paulo

    Distância: 5 e 10 kmCidade: São Paulo      Estado: SP
    22/09/2012

    FIla Night Run - Campinas

    Distância: 5 e 10 kmCidade: Campinas      Estado: SP
    22/09/2012

    Circuitinho

    Distância: VariadasCidade: São Paulo      Estado: SP
    23/09/2012

    Circuito das Estações adidas - Primavera - São Paulo

    Distância: 10 kmCidade: São Paulo      Estado: SP
    14/10/2012

    Série Delta - 3ª Etapa - São José dos Campos

    Distância: 5 e 10 kmCidade: São José dos Campos      Estado: SP
    10/11/2012

    FIla Night Run - São Paulo (2ª Etapa)

    Distância: 5 e 10 kmCidade: São Paulo      Estado: SP
    18/11/2012

    Circuito Athenas - Etapa 3 - São Paulo

    Distância: 10 e 21 kmCidade: São Paulo      Estado: SP
    25/11/2012

    Série Delta - 3ª Etapa - Ribeirão Preto

    Distância: 5 e 10 kmCidade: Ribeirão Preto      Estado: SP
    02/12/2012

    Série Delta - 3ª Etapa - São Paulo

    Distância: 5 e 10 kmCidade: São Paulo      Estado: SP
    16/12/2012

    Série Delta - 3ª Etapa - Campinas

    Distância: 5 e 10 kmCidade: Campinas      Estado: SP
    16/12/2012

    Circuito das Estações adidas - Verão - São Paulo

    Distância: 10 kmCidade: São Paulo      Estado: SP

    Entenda como ocorrem as lesões por excesso de treinos.

    As lesões por "overuse" ocorrem isoladamente ou como resultados de stress nos músculos esqueléticos repetitivos, tais como ocorrem em treinamentos vigorosos e ou atividades biomecânicas incorretas. Costumava ser raras em crianças, porém atualmente é relatado a maioria de lesões esportivas em crianças.

    O crescimento das lesões por overuse é tido como consequência direta do aumento de esportes organizados e programas de treinamento associados com estas atividades. A dor é o principal sintoma durante a atividade física ou depois de realizá-la; há uma resposta inflamatória aos tecidos causados pelo stress repetitivo. Os locais de ocorrência são: junção osso / tendão, músculo / tendão, onde o tendão se insere no osso e na porção do crescimento ósseo.

    Risco de lesão - O risco da lesão está diretamente relacionado com a idade, ao tipo de esporte, sexo do atleta, sendo que a participação esportiva é a causa mais comum de lesões.

    Overuse em adultos jovens - Todos os anos milhões de jovens praticam esportes que vão desde o futebol, a corrida e até esportes menos populares como equitação, hóquei dentre outros. Nós chamamos as atividades de jogos, mas as atividades são muito mais que jogos. A participação em esportes melhora o condicionamento físico, coordenação, autodisciplina e ajuda na socialização. Mas também pode resultar em traumatismos desde simples até graves, ou em problemas de saúde por toda vida.

    Estatísticas Brasileiras - No Brasil ainda não há estatísticas precisas, mas há aproximadamente 1,7 milhões de casos de traumas no esporte por ano. Importante salientar que o trauma que ocorre em um adulto, pode causar uma lesão mais grave no jovem atleta.

    Tipos de lesões - As lesões em jovens atletas podem ser de dois tipos:

  • Agudas: entorses, luxações, fraturas dentre outros.

  • Overuse: causados por traumas repetitivos.



  • Independente se a lesão for aguda, ou por overuse, ela sempre irá afetar o desempenho esportivo.

    Lesões em atletas de corrida - Vamos tratar aqui um assunto frequentemente negligenciado, fatores preventivos de lesões em corredores; em outras palavras, são aquelas medidas práticas que todos os atletas de corrida deveriam adotar para diminuir ao máximo as lesões.

    De acordo com a literatura especializada, lesões em atletas de corrida normalmente são causadas por:

    1. Fatores extrínsecos: tipos de treino, ajuste equipamento, tênis de corrida, superfície de corrida.
    2. Fatores intrínsecos: déficit flexibilidade, desalinhamento dos membros inferiores, altura, peso, lesões prévias.

    Alongamento na prevenção de lesões - Hoje é certo que o aumento da flexibilidade do músculo e tendão promove uma melhor performance e diminui o número de lesões. Isso se o alongamento for incluído no seu treinamento com exercícios regulares de aquecimento e desaquecimento.

    Recentemente estudos mostraram que programas de alongamento têm influência na viscosidade do tendão, evidenciando que o alongamento é importante na prevenção de lesão. De acordo com Safran 2004, a habilidade de um músculo absorver energia depende de dois componentes: atividade contrátil do músculo e tendão. Se o tendão estiver mais viscoso, ele absorve mais energia e diminui os traumas nas fibras musculares. Isso ressalta ainda mais a importância do alongamento como forma de prevenção de lesões.
  • Como correr melhor em 2012

    Em praticamente todas as áreas da vida é normal começarmos o ano traçando novas metas e novos desafios. Com relação a corrida, que envolve distância, ritmo por quilômetro e outras ações muito tangíveis para melhorar a perfomance, é uma modalidade esportiva bastante comum para fazermos novos planos. 

    Pode ser que sua meta seja correr mais longe, correr mais rápido, correr mais longe e mais rápido, correr para ter mais saúde, para deixar de fumar, para ter um corpo mais elegante, conquistar mais amigos, diminuir os estresse ou simplesmente para sentir-se melhor. Seja qual for o motivo que faça você calçar o tênis e sair correndo por aí, aqui vão algumas importantes dicas para obter mais sucesso e correr melhor em 2012!

    Consulte um médico e realize exames de rotina, pois quando você faz uma viagem, normalmente realiza uma revisão em seu veículo. Ao pensar em treinar para uma corrida, deve existir a mesma precaução: fazer uma check-up em seu maior patrimônio, que é o seu corpo. Uma boa avaliação médica tornará seus treinos mais seguros e eficientes, uma vez que servirá de parâmetro para definir cargas de treinos, restrições e referenciais a serem melhorados.

    Assim como você contrata um dentista para cuidar de seus dentes, um cardiologista para cuidar de seu coração e um engenheiro para construir sua moradia, a contratação de um treinador de corrida, profissional devidamente registrado no Conselho Regional de Educação Física (CREF) é indispensável na elaboração e no controle de seus treinos. Não será um treino genérico em uma revista ou em um site que vão te corrigir, animar ou até mesmo segurar quando estiver querendo passar do limites. Procure um profissional especializado que o veja o maior número de vezes possível e elabore um programa de treinos individualizado, considerando suas limitações, dificuldades, seu real potencial e horários disponíveis para treino.

    Estabeleça grandes objetivos. Quem não traça objetivos dificilmente chega a algum lugar e quando chega corre mais riscos ou opta por um caminho muito mais longo. Traçar grandes objetivos será indispensável para o tirar da cama em dias de frio, preguiça ou de chuva. Aquela prova capaz de provocar medo só de pensar, poderá ser o grande diferencial em seu ano de sucesso ou fracasso, que está diretamente relacionado a sua disciplina e ao seu comprometimento com os treinos. Hoje temos cada vez mais gente intitulando-se corredor, porém, sem grandes objetivos e, pior, sem o menor comprometimento com os treinos. Daí a ficarem parando e voltando várias vezes ao ano, na primeira dificuldade que encontram.

    Tenha um calendário de provas definido. Diferente de tempos atrás, hoje há muitas opções de tipo de provas, distâncias, percursos e locais. Alguns finais de semana chegam a ter quatro corridas em uma mesma cidade, portanto, ter um calendário que defina pelo menos às principais provas do ano já ajudará bastante a não escolher o que aparecer pela frente, a treinar de modo adequado e diminuir o risco de lesões. É importante também repetir algumas provas para obter uma comparação com os anos anteriores, mas não todas. Busque novas provas e novos locais de treino para viver novas experiências. Quem sempre faz tudo igual é robô e aqueles que não estimulam o cérebro de forma variada não se desenvolvem como deveriam.

    Estabeleça metas atingíveis. Não adianta estabelecer objetivos muito acima de suas possibilidades, que certamente poderão transformar-se em frustração. Não adianta querer correr uma maratona (42 quilômetros) se você ainda não correu provas de dez quilômetros e meia maratonas. É como querer dar aula no mestrado da universidade, mas estar ainda cursando o segundo semestre da graduação. Neste ponto é ainda mais indispensável contar com um profissional do ramo por perto para ajudá-lo no direcionamento correto.

    Tenha um grupo ou algum colega de treino. O treino em equipe com pessoas do mesmo nível técnico e com objetivos semelhantes é sempre muito mais motivante e mais fácil. Haverá dias em que você não estará com a menor vontade de treinar, mas a companhia dos amigos e aquele momento junto será o grande diferencial.

    Por último, diria que quem não vive do esporte pode até levá-lo muito a sério, mas não fazer dele a única ou a coisa mais importante de sua vida. Procure fazer e pensar em outra coisa que não seja corrida. Tem corredor que não fala de outro assunto e acaba sendo tachado como chato e não se relacionando com pessoas que não sejam do meio. Vá ao cinema, ao teatro, a shows, a igreja e pratique outras atividades. O dia tem 24 horas e não é possível que alguém não consiga pensar em outra coisa que não seja corrida! Dê mais atenção a família, a namorada, a outros tipos de programa e aos amigos, assim você nunca enjoará de correr, terá um ótimo ano e poderá curtir a corrida por muitos e muitos anos.